segunda-feira, 25 de abril de 2011

Campos Novos que minha memória guardou !!!

Se fosse definir Campos Novos com uma palavra, essa palavra seria "Frio". Não foram raras as vezes que naqueles anos por volta de 1985 eu não conseguia abrir os portões de ferro de nossa casa por estarem grudados pelo orvalho congelado.
No mês de julho eramos envoltos pelo ar seco e o vento cortante que rachava nossos lábios. Na época eu tinha uns 10 anos, colocava tanta roupa pra ir as aulas matinais, que mal podia me mexer. O bom mesmo era ficar em casa em volta do fogão a lenha, quando loucamente abriamos a porta do forninho e colocavamos os pés pra dentro, tentando aliviar a sensação de congelamento. Em minha casa havia muita lenha, mas ficavam do lado de fora de casa, embaixo de uma escada. Eu morria de preguiça de ir buscar. Geralmente meu pai chegava do trabalho e enchia uma sexta de lenha pra passarmos a noite aquecidos. Eu fui um pia muito preguiçoso, na verdade, ainda hoje, quando me comparo com meus pais, percebo que continuo sendo muito preguiçoso.
Campos Novos era a uma cidade bem provinciana, mas eu gostava muito, e ainda gosto. Provavelmente por ter sido criado lá. Me sinto bem,  confortável e feliz quando estou por lá.
Lá é um pouco poeirento e cinzento também, a maioria das casas são mais antigas, rachadas, com telhados antigos. Os prédios são muito poucos, quase todos antigos, embora  nessa decada estejam começando a surgir algumas obras maiores e mais bonitas.
As casas mais bonitas da cidade são as dos médicos. Desde e me conheço por gente, médico em Campos Novos é sinal de riqueza. A maioria de suas residências ficam próximas ao principal hospital da cidade, o Hospital José Atanásio.
Na minha época o comércio era bastante fraco,  hoje em dia cresceu um pouco. Principalmente depois da explosão populacional causada pela construção da Usina hidrelétrica de Campos Novos. Existem lojas de marcas populares e mais caras também. Existe uma parcela considerável da população que vive de maneira simples, mas que possui um grande poder aquisitivo e gosta de consumir produtos de qualidade como em qualquer outra grande capital brasileira.
   Serão precisos muitos outros posts para terminar de contar sobre a cidade do frio, do soja e do pinhão. Então continuo na próxima.
  Um grande abraço a todos.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O Começo

É com muita alegria que tomei coragem pra começar a escrever a histórinha da minha vida. Todo mundo sabe que a vida passa voando e se não pararmos em algum momento pra fazer uma marca profunda em uma pedra bem grande, passaremos desapercebidos. Mal nosso corpo terá esfriado e nada mais de nós será sabido. Simplesmente teremos vivido para um sistema inerte e de pouco sentido, a colonização da Terra. Certamente nossos feitos são mais duráveis que nós mesmos. São edificações seculares, descobertas fantásticas, veículos indestrutíveis. Se pararmos pra pensar, não somos diferentes daquele povo escravo que construía pirâmides no egito. Dezenas de gerações trabalhando em algo que já estava sendo contruido quando se nasce e também não esta terminado quando se morre . Estamos nessa. Alguns ainda se enganam que sairam na vantagem, pois trabalharam menos, ou trabalharam mais, mas também consumiram mais, ou simplesmente consumiram. Mas no fundo, todo mundo pega uma pirâmide em construção e vai embora sem ver o termino da obra.

Bem é isso. Postagem foi só uma introdução do que escreverei. Espero não chatear tanto com minhas teorias. Vou contar minha vida desde piazinho lá em Campos Novos, até os dias de hoje. Espero que interesse a alguém, e se não interessar, pelo menos vai ficar gravado nessa pedra, chamada Google.