terça-feira, 4 de outubro de 2011

Sorria, você está sendo filmado !!!

Outro dia postei um video no YouTube e um dia depois recebi a mensagem de que meu vídeo não seria exibido na Alemanha. Não que eu me importe com isso, mas fiquei curioso.
Era um vídeo comum, gravado em nossa Sony, no qual tento desastradamente dar banho em nossa filhota, a Tainá. Depois de ler os detalhes da censura do YouTube, descobri que foram detectadas músicas com proteção autoral. Pois é, na gravação do vídeo era possível escutar o som do nosso CD Player, que deixamos sempre ligado, com algumas músicas de criança, pra acalmar a Tainá.
Me senti o próprio Silvester Stalone, em O Demolidor, falando um palavrão e sendo instantaneamente multado. Sorte que o Google não faz isso com os emails,  já pensou receber relatórios das palavras que foram excluídas devido ao "filtro de direitos autorais" ? Acabariam os emails românticos do planeta. E nas fotos do Picasa então ? Bahhh, ia ter de borrar a foto inteira. Sem falar que cada pessoa é dona de sua própria imagem, já pensou receber emails do Google pra autorizar a exposição do teu rosto no álbum do Fulano de Tal ? E se emplacar  o novo serviço de Voip do Google ? Não vou mais poder ligar pro Marcelo Pinto e saudá-lo amistosamente : "E ai bichonaaa ?!?!?!".
Parece tudo uma grande brincadeira, mas não é. O fato é que estamos cada vez mais envolvidos no mundo virtual, onde as leis fogem ao controle do estado e passam a ser do próprio provedor do serviço. Esse texto não é uma crítica ao Google, mas claro que, atualmente, ele é o maior exemplo de como uma empresa pode nos oferecer um universo novo e envolvente, para onde podemos transferir boa parte de nossas vidas, e talvez em alguns anos, toda ela. Mas tudo isso não é oferecido de graça, o preço é viver dentro de suas regras.
 Isso me lembra outro filme, Matrix. Aos poucos estamos nos conectando, passando mais horas envolvidos com  interfaces dos gigantes da internet. Já pensou se o Google juntar tudo o que já tem: sistema de busca, editores de texto, Android e centenas de ferramentas amplamente utilizadas com uma rede social imbatível como o Facebook ?
Lembrei de mais um filme,  o Exterminador do Futuro. No qual um software, a Skynet, se torna consciente. Parece ficção e bem forçada, pois é, mas eu acho que parecia forçada em 1984, hoje só chamo de ficção. Afinal já existe um cara feito de bits que pode analisar os sons dos meus videos, reconhecer as faces em minhas fotos, decidir quais dos anúncios de minha empresa podem ser exibidos ou não ?
  Estou um pouco assustado, pois no mundo virtual tem alguém que está me fornecendo água, energia elétrica, moradia, transporte, e tudo o que preciso em troca de uma única coisa, que eu deixe ele grudar alguns anúncios nesses presentes. É claro que não vai grudar palavrões em minha casa, nem anúncios mal escritos, pois tem filtros.

   Reflitam e troquem idéias comigo, esse blog está sendo mantido pelo blogspot, do Google, muito bom, recomendo. Meu browser é o Chrome. E falando em filmes, bem vindos ao "Show de Truman".

   

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O Golpe do Tênis

   Conforme prometido, chegou a hora de contar a verdade sobre o desastrado "Golpe do Tênis". Uma história que certamente deve interessar a Camponovenses e Curitibanos. Golpe que, talvez, originalmente seja chamado de "golpe do cheque perdido", mas devido as circunstâncias, foi remoldado especialmente para os patos, eu e meu primo. É Juninho, claro que não vou passar toda essa vergonha sózinho. Meu primo na história, é o Alvadi Serpa Júnior, hoje engenheiro da Embraer, ontem, mané logrado por espertalhões.
   Mas chega de rodeios e vamos logo à história.
   Em 1993 eu e meu primo tinhamos 18 anos. Eramos estudantes vindos de Campos Novos. Pra quem não conhece, Campos Novos é uma cidade do interior de Santa Catarina, muito conhecida pelo fato de que homens nascidos lá, são muito machos e  mulheres, muito bonitas. Nessa época cursavamos Técnico em Mecânica no, então, CEFET-PR.
   Um de nossos passatempos preferidos era dar umas voltinhas  pelo calçadão da XV de Novembro. Quem vem do interior normalmente se sente muito importante andando no meio de tanta gente. É como se fosse um : "Quase venci, se já tô no meio dessa gentarada, dois toque e tô rico. Só volto pra Campos Novos de carro. Vô esfrega meus dinheiros nas fuças daquelas baba-filho-de-fazendeiro ". Hahaha, até dá saudades. Em um desses passeios estavamos próximos ao chafariz da Praça Osório, em meio a muita gente, que caminhavam ligeiros pelo calcadão. Quando um sujeito, todo pintoso, passou em nossa frente esbarrando, e deixou cair um papel no chão.
   Já estava me esquecendo de contar um fato muito importante do episódio. Voltemos  30 minutos antes da cena do calçadão. Havíamos passado no caixa automático do Bamerindus ( aquele da musiquinha, ... o tempo passa, o tempo voa e a poupança Bamerindus continua numa boa ...). Pensem que há 20 anos atrás raríssimas pessoas já haviam ouvido falar sobre internet. Caixa de banco era uma das únicas formas com  que a maioria das pessoas poderia ter acesso a um computador, inclusive eu. Não haviam notícias de  máquinas fotográficas plantadas roubando senhas, ou cartões clonados. Inclusive, as senhas tinham apenas 4 digitos e permitiam sacar tudo o que fosse possível, fundos e limite. Os ladrões da época roubavam senhas espionando os usuários dos caixas, a olho nú. Pois bem, avancemos novamente 30 minutos.
  Como eu havia dito, o sujeito deixou cair um papel no chão. Percebemos que caiu, mas ignoramos. Não parecia ser nada importante, o sujeito já estava longe. Então, inesperadamente, outro pedestre pegou o papel, e todo afoito veio em nossa direção:
   _ Vocês deixaram cair isso  ?
   _Não moço, foi um cara que já deve estar longe - respondemos prontamente.
   Mas  insistiu, e quase que obrigados, concordamos em  ler o papel com ele. Nesse instante surgiu o sujeito boa pinta novamente. Quando nos viu com o papel na mão, já veio agradecendo, muito feliz e sorridente,  pois se tratava de um cheque ao portador de grande valor, conforme ele explicou. Então dissemos que deveria agradecer ao outro rapaz, que verdadeiramente havia achado o cheque. Só que o outro, em um surto repentino de modéstia, falou prontamente:
   _Nós 3 achamos o papel.
   Como a situação estava bastante atrapalhada, ficamos quietos. Mas o feliz proprietário do cheque foi falando:
   _Se eu houvesse perdido esse cheque meu pai me mataria, vocês 3 acabaram de me salvar. Sou muito grato e preciso recompensa-los.
   _Que é isso, não precisa recompensa nenhuma - respondemos imediatamente.
   _Mas eu quero recompensar, você merecem. Vou dar uma quantia em dinheiro pra cada um.
   _Não queremos nada não, fique tranquilo - continuamos recusando.
   Então o sujeito nos olhou da cabeça aos pés e falou :
   _Eu poderia dar um tênis pra vocês, meu pai tem uma loja de calçados, seria um prazer, vocês escolhem o que quiserem.
   Nesse momento nossos olhinhos  brilharam. Poxa, o cara pegou nosso ponto fraco. Que coisa poderia ser mais legal do que um Nike, um New Balance , talvez um Rainha System ou um Puma Disc, já pensou ? O anzol estava na nossa boca, e é claro que  demos aquela bocada. Nhaacc.
   _Sendo assim, hehehe, vamos aceitar sim - flutuando de tanta alegria.
   Então ele perguntou pro outro rapaz que realmente havia achado o cheque, se concordava. Ele também aceitou.
   E seguimos para a loja de calçados, que por sinal era bem próxima ao local que morávamos.  Em uma galeria, ali atras da rua 24 horas, no inicio da Visconde do Rio Branco, que saia na Dr Pedrosa. Eu e meu primo não lembrávamos de ter nenhuma loja de tênis no local, mas ficamos na dúvida, pois não eramos de reparar muito. Ao chegarmos a uns 50 metros da entrada da galeria o recompensador falou :
   _É ali, no meio dessa galeria, mas tem um detalhe. Meu pai é um homem muito idoso, então se chegarmos todos juntos ele  pode enfartar. Então proponho que vá um de cada vez, explique o acontecido pro velho e escolha seu tênis.
   A história era estranha, mas estávamos embriagados com a possibilidade de faturar um  tênis. Teríamos cuidado, mas iriamos ver em que tudo aquilo ia dar. Então ele continuou:
   _Primeiro vai você - apontou para o outro rapaz - leva o cheque junto, pro velho acreditar que você está falando a verdade.
   E o rapaz pegou o cheque e foi entrando. Nesse instante, o recompensador, que ficou esperando conosco, disse :
   _Vai que ele foge com esse cheque ?
   Nos olhamos e ele chamou de volta o rapaz :
   _ Ei cara, volta aqui. Você pode deixar alguma coisa de valor com a gente, só pra garantir que não ira fugir com esse cheque.
   Então ele voltou e respondeu:
   _Só tenho esse pacote de dinheiro dos meus patrões, sou office boy. Vou deixá-lo com vocês.
   Entregou o pacote e entrou na galeria. Enquanto isso, o recompensador boa pinta sugeriu que dessemos uma olhada no conteúdo do pacote. Eram dois maços de dinheiro, um com notas de 50 dólares e outro notas de 5 reais.
   Depois de 5 minutos o "boy" saiu contente da galeria. Trazia consigo uma nota de 50 reais ( creio que equivaleria a uns 500 reais hoje, mais ou menos o preço de um tênis de marca). Falou que não havia encontrado nenhum calçado do seu agrado, então o velho tinha lhe recompensado em dinheiro.
   Depois disso o recompensador falou :
   _ Agora é a vez de vocês. Peguem o cheque e deixem alguma coisa de valor conosco, enquanto aguardamos.
   _Não temos nada de valor.
   _Pode ser a carteira mesmo - falou o sabidão.
   Então demos uma pensada e resolvemos deixar a minha carteira, eu não tinha um centavo furado . Tirei meu cartão do Bamerindus, guardei no bolso, e entreguei a carteira pro cara,  nos dirigimos pra entrada da galeria. Enquanto isso ele deu uma geral na minha carteira e gritou :
   _Voltem aqui.
   Voltamos.
   _Eu tô vendo que não tem nada de valor nessa carteira, vai que vocês resolvem fugir com esse cheque ?         Não podem deixar outra coisa, tipo um cartão de banco.
  É claro que o leitor deve estar pensando que o contador desse causo é um completo idiota, não que não seja, mas naquela hora a possibilidade do tênis embaçava nossos pensamentos, então era necessaria uma solução pra manter o cartão seguro e ainda verificar se existia a loja mesmo. Santa idiotice. Então, veio a idéia brilhante:
   _Vou deixar meu cartão aqui, mas meu primo fica junto e entro sozinho na galeria.
   O cara relutou, mas como não abrimos mão da condição, topou.Agora estava tranquilo, com meu primo guardando os pertences eu poderia entrar pra pegar meu tênis. E foi o que fiz, mas de repente vejo meu primo correndo em minha direção, falei :
   _ Juninho, você devia estar cuidando das minhas coisas, o que tá fazendo aqui ?
   _Ele me deixou ficar com tua carteira e também com o pacote de dinheiro do "office boy". Tô com tudo aqui. Ele só ficou com o teu cartão- respondeu.
   _Bahhhh, então vamos ver se existe a tal loja.
   Claro que não tinha nada, entramos correndo na galeria e saímos correndo mais ainda. Os sujeitos já haviam sumido.
   Resolvemos correr pra agência o mais rápido possível, afim de cancelarmos o cartão. Era ali na Dr Murici esquina com a XV de Novembro. Enquanto corríamos, fomos abrindo o pacote de dinheiro do office boy . Era somente uma nota em cada maço, o restante era papel jornal.  Em uns 5 minutos estávamos na agência, chegamos e cancelamos o cartão antes que os golpistas conseguissem sacar dinheiro.
   Depois de passado o susto rimos muito, pois acabamos tendo lucro no golpe. Era uma nota de 5 reais e outra de 50 dólares. Os reais eram veradadeiros e usamos pra pagar a confecção do novo cartão, que na época era cobrado e caro, pouco menos os 5 reais. Os dólares não tivemos coragem de usar, pois era uma nota muito surrada, com cara de ser falsa. E era, mas não fomos nós que descobrimos.
   Na época tinhamos um amigo muito divertido, o Fernando Foronda, nosso colega do CEFET.
  O Fernando era o cara dos "briques", rei da compra e venda  no Alo Negócios. De imediato se prontificou a fazer a troca da nota, pois conhecia um câmbio no edifício Asa. Pegou o dinheiro e saiu. Uma hora depois voltou, estava pálido, bem assustado. Ao verificar que a nota era falsa o cambista havia dado uma prensa nele, queria chamasse seus pais ou iria mandar prende-lo, mas com um pouco de sorte conseguiu ser liberado, sem a nota, é claro.
   E assim terminou a história. Tudo verdadeiro, inclusive os nomes. Se passaram quase 20 anos, mas a os fatos continuam frescos em minha cabeça. Fico feliz em ter tido a disposição para compartilhar e tenho certeza que os envolvidos ficarão muito empolgados ao lerem.
  Tenho muitas hitórias, algumas com meu irmão, o Alberto Fernando Spolti e outras com o Marcelo Pinto da Silva. Pretendo conta-las também. Gostaria que alguma dessas virasse um conto paranaense, contado pelos atores da nossa terra no Casos e Causos do RPC. Então amigão, se gostou me dê uma força, vire meu seguidor ou poste no seu Twitter, Facebook, Buzz, banheiro público, orelhão ...
   Abraço do Butiá Maduro.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Acredite, você também foi um bebê indefeso...

Então, "pra mode de que" resolvi compartilhar as descobertas mais interessantes e emocionantes que tenho tido nesses meus primeiros dias de paternidade.
Sempre me considerei um sujeito vivido. Sai da pequena cidade de Campos Novos e das vistas de meus pais com apenas 14 anos.  Desde então, tenho feito minhas próprias descobertas, tomado minhas decisões e aprendido muito com essa super liberdade a qual fui exposto desde cedo.
Há duas semanas nasceu minha filha. Além de todas as alegrias que ela me trouxe, também tenho  feito descobertas incríveis sobre mim mesmo. Coisas das quais nunca havia me dado conta, e acho que a maioria das pessoas só pensam nisso, quando passam por essa  experiência fantástica, que é ter um filho.  
O fato é que : cada um de nós já foi  uma das criaturas mais dependentes e indefesas de toda a natureza. Vou restringir essa análise somente ao período pós nascimento, mas é claro, que desde o momento que somos concebidos  estamos sob o amparo e cuidados  do corpo forte e protetor de nossa mãe.
Ao nascermos, temos  em média 3 kilos,  não temos a menor condição de sobrevivermos sozinhos.  Precisamos que nossa mãe nos leve até seu peito, se compadeça  e resista as dores da amamentação   pra manter-nos  vivos.  Precisamos  ser enrolados em vestimentas protetoras, pra não morrermos de frio.  Pois é, se hoje somos engenheiros, médicos, agricultores, boxeadores, enfim, animais dotados de grande força física e capacidade intelectual  ilimitada, ontem éramos indefesos e frágeis.
Quantas vezes levamos nossos pais a exaustão, tentando conter o choro desesperador. Fomos resultado de uma compaixão infinita. Se hoje estamos vivos, foi porque algumas pessoas quiseram muito isso. Certamente os pais, ou as pessoas que criaram cada pessoa que entra nesse blog pra ler uma historinha do Butiá Maduro, passou por momentos de agonia, cansaço e desespero, mas levantou a cabeça e enfrentou a situação,  pois sabia que um serzinho pequeno e indefeso  precisava   disso  pra sua sobrevivência.
Portanto, abrace forte quem te criou,e não esqueça de ser grato. Talvez hoje, isso já não lhe importe mais, mas acredite, você deve sua vida  a essas pessoas, elas tiraram boa parte da delas, para que hoje você tenha a sua.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Butiá Maduro

Outro dia me perguntaram a razão por ter colocado esse nome em meu blog.
Butiá é uma fruta típica em minha região de origem, o centro-oeste catarinense,  já quase no Rio Grande do Sul. Como eu gostaria de falar nesse blog mais sobre mim, minhas experiências e meus pontos de vista sobre vários aspectos da vida, achei que Butiá combinaria. E maduro é pelo fato de me sentir pronto pra publicar. Escrever coisas, ser franco e aberto em meus textos não é novidade nenhuma, mas deixa-los livres pra serem lidos, apreciados e criticados é uma nova experiência. Saio definitivamente dos limites das redações escolares bonitas, dos cartões emocionantes e emails bem formulados. Hoje com 35 anos, me sinto maduro pra escrever publicamente algumas idéias,  ou, eventualmente ,  só narrar algum fato engraçado que me aconteceu.
Valew, só pra instigar a curiosidade: uma vez  eu e meu primo, em nosso ápice da idiotice, caímos em um golpe chinfrin, que batizamos de golpe do Tênis. Meu primo da história é o Alvadi Serpa Junior, hoje engenheiro da Embraer. Assim que der um tempo conto com detalhes a passagem cômica.

Grande abraço,

André Ricardo Spolti, o butiá maduro.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Campos Novos que minha memória guardou !!!

Se fosse definir Campos Novos com uma palavra, essa palavra seria "Frio". Não foram raras as vezes que naqueles anos por volta de 1985 eu não conseguia abrir os portões de ferro de nossa casa por estarem grudados pelo orvalho congelado.
No mês de julho eramos envoltos pelo ar seco e o vento cortante que rachava nossos lábios. Na época eu tinha uns 10 anos, colocava tanta roupa pra ir as aulas matinais, que mal podia me mexer. O bom mesmo era ficar em casa em volta do fogão a lenha, quando loucamente abriamos a porta do forninho e colocavamos os pés pra dentro, tentando aliviar a sensação de congelamento. Em minha casa havia muita lenha, mas ficavam do lado de fora de casa, embaixo de uma escada. Eu morria de preguiça de ir buscar. Geralmente meu pai chegava do trabalho e enchia uma sexta de lenha pra passarmos a noite aquecidos. Eu fui um pia muito preguiçoso, na verdade, ainda hoje, quando me comparo com meus pais, percebo que continuo sendo muito preguiçoso.
Campos Novos era a uma cidade bem provinciana, mas eu gostava muito, e ainda gosto. Provavelmente por ter sido criado lá. Me sinto bem,  confortável e feliz quando estou por lá.
Lá é um pouco poeirento e cinzento também, a maioria das casas são mais antigas, rachadas, com telhados antigos. Os prédios são muito poucos, quase todos antigos, embora  nessa decada estejam começando a surgir algumas obras maiores e mais bonitas.
As casas mais bonitas da cidade são as dos médicos. Desde e me conheço por gente, médico em Campos Novos é sinal de riqueza. A maioria de suas residências ficam próximas ao principal hospital da cidade, o Hospital José Atanásio.
Na minha época o comércio era bastante fraco,  hoje em dia cresceu um pouco. Principalmente depois da explosão populacional causada pela construção da Usina hidrelétrica de Campos Novos. Existem lojas de marcas populares e mais caras também. Existe uma parcela considerável da população que vive de maneira simples, mas que possui um grande poder aquisitivo e gosta de consumir produtos de qualidade como em qualquer outra grande capital brasileira.
   Serão precisos muitos outros posts para terminar de contar sobre a cidade do frio, do soja e do pinhão. Então continuo na próxima.
  Um grande abraço a todos.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O Começo

É com muita alegria que tomei coragem pra começar a escrever a histórinha da minha vida. Todo mundo sabe que a vida passa voando e se não pararmos em algum momento pra fazer uma marca profunda em uma pedra bem grande, passaremos desapercebidos. Mal nosso corpo terá esfriado e nada mais de nós será sabido. Simplesmente teremos vivido para um sistema inerte e de pouco sentido, a colonização da Terra. Certamente nossos feitos são mais duráveis que nós mesmos. São edificações seculares, descobertas fantásticas, veículos indestrutíveis. Se pararmos pra pensar, não somos diferentes daquele povo escravo que construía pirâmides no egito. Dezenas de gerações trabalhando em algo que já estava sendo contruido quando se nasce e também não esta terminado quando se morre . Estamos nessa. Alguns ainda se enganam que sairam na vantagem, pois trabalharam menos, ou trabalharam mais, mas também consumiram mais, ou simplesmente consumiram. Mas no fundo, todo mundo pega uma pirâmide em construção e vai embora sem ver o termino da obra.

Bem é isso. Postagem foi só uma introdução do que escreverei. Espero não chatear tanto com minhas teorias. Vou contar minha vida desde piazinho lá em Campos Novos, até os dias de hoje. Espero que interesse a alguém, e se não interessar, pelo menos vai ficar gravado nessa pedra, chamada Google.